Aprovada a MP dos Portos; abertas licitações para obras da BR 381(trecho BH-GV); autorizada a ampliação do Aeroporto de Confins. A BR 381 resistiu durante 40 anos, ocasionando enormes prejuízos ao País e perdas irreparáveis de vidas. Confins causa transtornos e prejuízos aos usuários. O escoamento da safra foi uma tragédia. Estradas(???) em péssimas condições e, para piorar, formaram-se filas quilométricas de caminhões nas proximidades dos portos, causando aumento de custo dos produtos. As ações anunciadas fariam parte de um processo rotineiro, em um planejamento robusto que apontasse prioridades. Esses processos e outras obras devem arrastar-se por muito tempo para conclusão, tal a defasagem em infraestrutura. Deveriam ter sido iniciadas há 10 anos, pelo menos. Vivemos o caos, produto do improviso e da falta de investimento no período de bonança, proporcionado pela exportação de commodities a preços elevados.
Entre nós, rotulam-se pessoas facilmente. A presidente é rotulada como “gerentona” . Se o fosse, teria um plano, um conjunto de projetos prioritários, pelo menos, para os quais estabeleceria metas? Gerenciar é atingir metas. Quais metas? Dizem que é centralizadora, que quer conhecer os projetos que vão surgindo do atual improviso e nada é feito sem sua aprovação. O gerente não tem que conhecer detalhes técnicos. Basta saber o mérito e objetivo dos projetos, quais as metas a serem atingidas e cobrar a execução obsessivamente. Rituais de gestão e tecnologia de gerenciamento de projetos são imprescindíveis para obter resultados no cronograma previsto. É claro que precisa se cercar de equipe competente para ter a certeza de que os projetos serão executados. Se existe centralização exacerbada, é porque não tem confiança na equipe.
Neste momento, o Brasil não está em situação confortável. Reformas urgentes não foram feitas. Os dados são péssimos, tais como: degeneração da política fiscal; maquiagem para fechar contas; endividamento crescente; inflação alta e resistente; o dólar em elevação, devido à mudança da política econômica e recuperação dos Estados Unidos; elevação do déficit nas contas correntes; PIB medíocre: desonerações fiscais não surtiram efeito e não houve redução do gasto público, que é elevadíssimo e de má qualidade, haja vista a manutenção de 39 ministérios, para acomodar companheiros e aliados; a Petrobras, um dos ícones brasileiros, encontra-se numa situação deplorável , devido ao gerenciamento petista; crescimento da massa salarial superior à inflação e produtividade em baixa não motivam empresários a investir; há desencontros de orientações entre a área econômica e a presidente: anuncia-se a contenção de gastos e, uma semana depois, a presidente anuncia a expansão do crédito, supostamente por orientação do marqueteiro João Santana; no Exterior, o País está ficando desacreditado em função da titubeante política econômica. Observa-se a fuga de capitais, ocasionando a queda sistemática do índice Bovespa. Comentários irônicos, como o do The Economist, contrariando artigo anterior, pedem à presidente que mantenha o ministro da fazenda, para garantir o “excelente desempenho” do País.
Agregue-se ao que foi dito os recentes protestos. A bolha de felicidade estourou (uma bolsa aqui e outra ali não foram capazes de suprir todas necessidades). A população, que estava adormecida há 20 anos, acordou e reivindica melhorias na saúde, educação, segurança, transporte público (priorizou-se o transporte individual, com desonerações à venda de carros e subsídios à gasolina) etc. Abominam a corrupção endêmica ( a pizza do mensalão estava no forno) e criticam gastos exorbitantes com copas de futebol. Isto deixou os políticos perplexos. A propaganda maciça (federal, estadual e municipal) é um acinte à nossa inteligência, pois é constatado no dia a dia a má qualidade do que é retornado ao povo em contrapartida aos altos tributos cobrados. Reuniões são feitas às pressas, propondo ações( algumas sem menor sentido), de médio e longo prazos. Infelizmente, não há muito o que fazer em fim mandato. O tempo passou e não volta mais!