Portugal é a bola da vez. É um país de IDH muito alto, ainda distante da Noruega, que é o primeiro. Quem o visitou há 10 anos ficará surpreso com o que vai encontrar, uma maravilha. O progresso é impulsionado pela agricultura (vinhos, azeite), desenvolvimento da mobilidade ( possui a 2ª malha viária da Europa, em termos de qualidade) e turismo ( recebeu 20 milhões de turistas, em 2017), principalmente. O crescimento do PIB é o maior da Europa e o desemprego está em queda acentuada. Portugal é pequeno, 1/6 de Minas Gerais, e possui uma população de pouco mais de 10 milhões de habitantes. A sua posição geográfica é privilegiada, clima ameno, incríveis belezas naturais, culinária fantástica, e muita história para contar. Daí, o afluxo de turistas dos vizinhos e, também, a meca de turistas brasileiros. Há ainda os emigrantes brasileiros em busca de melhor qualidade de vida. Certamente, Portugal saberá tirar proveito do atual sopro de progresso e conquistará melhor posição no ranking das nações em termos de IDH.
O Brasil também já foi a bola da vez e não soube aproveitar o bom momento. Os seis primeiros anos de Lula da Silva foram muito prósperos, impulsionados pelo desenvolvimento astronômico chinês, que tudo comprava. Construiu-se um superávit significativo, mas quase nada se fez de útil. Depois, degeneram-se nossas boas perspectivas, por causas amplamente conhecidas. Hoje, se tivéssemos estabilidade e credibilidade política, teríamos ainda os ingredientes para promover rápido desenvolvimento: agricultura, melhoria da infraestrutura gerando empregos, turismo, e força de trabalho desempregada, entre outros. A agricultura, apesar de estar nos garantindo, sofre vários percalços. Eu que o diga, como administrador de um grande empreendimento agropecuário; o turismo, que poderia se valer de praias exuberantes, das belezas da Amazônia e do Pantanal, padece com a falta de segurança que afugenta os visitantes ( o País apenas recebeu 6 milhões de turistas em 2017). O Rio de Janeiro, nosso cartão postal, encontra-se numa situação dramática. Tivemos uma Copa do Mundo: restaram os estádios elefantes brancos, corrupção na sua construção, e obras inacabadas. As Olimpíadas de nada serviram para mostrar o País como nação desenvolvida e o seu potencial turístico. De resto, temos o Brasil com seus problemas e suas incongruências, lutando contra a corrupção. Infelizmente, na atualidade, é só focar em algum setor que ali se encontram graves irregularidades.