O ano 2020 foi uma grande promessa! Os principais indicadores mostravam que haveria crescimento econômico, conquistas sociais, apesar de inconformismos e forte oposição de derrotados. Da nossa parte, iniciamos entusiasmados a condução dos projetos da FDG-Fundação de Desenvolvimento Gerencial, dedicando especial atenção às 251 escolas estaduais do ensino fundamental, incluídas na parceria com a SEEMG. Os resultados parciais davam embasamento para uma evolução ainda mais significativa, na fase presencial nas escolas. Reforçamos as ações dos planos em andamento, incentivando o envolvimento de dirigentes e docentes, sempre dedicados e comprometidos com a melhoria dos resultados do ensino-aprendizagem. O júbilo era grande e as possibilidades soltavam aos olhos, tanto assim que MG nos solicitou a inclusão de mais 774 escolas, totalizando 1025, todas as escolas estaduais do ensino fundamental.
Então, em março, veio a pandemia causando, medo, pânico, ameaças. Fomos tomados de imobilismo, que durou meses. A SEEMG desenvolveu os PETs- Planos de Estudos Tutorados, para o condução do ensino à distância. Era preciso tecnologia para unir a comunidade escolar: Maria Helena Godoy e equipe de consultores estudaram as várias tecnologias disponíveis de comunicação e realizaram 8 webinares, divulgando-as não só para MG, como também para o País. Sucesso absoluto, comprovado por centenas de milhares de visualizações, o que contribuiu fortemente para a viabilização do ensino no Estado. Dirigentes e docentes se reinventaram, fazendo com que o ensino remoto atingisse seus objetivos. Os depoimentos de diretores, professores, alunos e familiares são inúmeros, elogiosos e agradecidos, vindos das mais longínquas regiões de MG. Uma conclusão é evidente: no pós-pandemia o ensino não será mais o mesmo, pois as tecnologias revolucionaram a maneira de ensinar e vão permanecer.
Quanto à COVID19, julgo que teremos que conviver com ela, como a gripe comum, cujo vírus sofre mutações. Eu e meus familiares mais próximos estamos tomando todos os cuidados há quase 9 meses, sem contaminação. A minha grande família estava incólume até bem recentemente. Por um vacilo, 12 pessoas se infectaram; porém, todos estão curados. A solução é se medicar logo aos primeiros sintomas, ou seja, a população está aprendendo a conviver com o vírus. Houve um aumento da contaminação nas campanhas eleitorais, mas deve arrefecer. No geral, a pandemia deixa um saldo muito negativo, haja vista o aumento do desemprego, o fechamento de empresas e as contas públicas extremamente debilitadas. Renovemos a esperança para 2021, aplicando a regra de são Bento, Ora et Labora, lembrando sempre que o Altíssimo está no comando.
PUBLICADO NA REVISTA VIVER BRASIL, EDIÇÃO DIGITAL, No. 339