Prometi não mais comprar ações da Petrobras, pois na administração petista tive um prejuízo significativo. Não especulo, adquiro ações numa visão de longo prazo, mas as da Petrobras foram vendidas por valor irrisório, mostrando a minha insatisfação com a Empresa, sua condução e seus resultados. Recentemente, minha consultoria financeira indicou-me a aquisição de ações da Empresa, afirmando que seria uma emissão com deságio, teria valorização imediata e que eu poderia vender com um bom lucro, em pouco tempo. Petrobras de novo, vou quebrar a promessa? Resolvi arriscar e embarquei.
A Empresa é muito sensível, pois está sujeita a turbulências internas e fora do País. Eis que surge um disputa entre a Rússia e Arábia Saudita sobre o volume de produção de petróleo; de novo, uma forte queda no valor das ações. Cessada a disputa, houve recuperação lenta, aproximando-se do valor que eu havia adquirido. Recentemente, com a decisão do Presidente da República de substituir o presidente da Empresa, houve mais uma turbulência e as ações registraram forte queda. A razão disso se deve, em parte, à mídia decadente, agora sem publicidade oficial, que divulga informações imprecisas, procurando tumultuar e comprometer a Administração Federal. Ora, a União é acionista majoritária da Empresa e pode e deve substituir gestores quando julgar conveniente. A administração da Petrobras que ora termina faz uma boa gestão, recuperando-a do caos em que se encontrava. Consta que o seu presidente estava há 11 meses em home office ( invenção brasileira para work from home, pois home office significa escritório em domicílio). O porte da Empresa precisa de uma pessoa que saia a campo, com todos os cuidados, devido à pandemia. Se existe questionamentos sobre o currículo do indicado, se atende ou não aos requisitos, trata-se de uma análise técnica. Também é preciso dizer que nenhuma empresa é tão perfeita a ponto de não necessitar de melhorias contínuas. Um novo gestor talvez com mais elã pode conseguir isso. Devido à baixa produtividade do País, há muitas oportunidades de melhorias na maioria das empresas, sendo viável obter redução de custos de cerca de 20%, com os pés nas costas.
Não se compreende as posturas de um Juiz de 1ª. Instância e de um Sub-procurador do TCU que questionaram o Presidente da República sobre decisões que são legítimas. Teria sido prudente que raciocinassem melhor para não provocar turbulências e dar munição aos interessados em criar um clima do “o quanto pior melhor”.
Publicado na revista Viver Brasil, edição digital, nº 242