Faz 31 anos que iniciamos, na Escola de Engenharia da UFMG, um movimento pela melhoria da gestão no Brasil. Implementamos o Programa resultante da pesquisa nacional e internacional que fizemos sobre o que de melhor havia sobre o assunto. Optamos pelo modelo japonês pela sua simplicidade na implementação, não sem antes adaptá-lo às condições brasileiras. Foi um movimento avassalador, atingindo todo o País. Contamos com o apoio do Japão, nosso principal parceiro, para o qual realizamos 33 missões de executivos brasileiros e de lá trouxemos 10 especialistas, de longa e curta durações. Com apoio desses técnicos foram editados vários textos, objetivos e didáticos, adaptados ao nosso ambiente; também, treinamos milhares de executivos. Em 1993, fomos reconhecidos pela JUSE-União de Cientistas e Engenheiros Japoneses como o 2o movimento internacional de gestão, organizado e sistemático, sendo o 1o o Japão, é claro. O movimento pela gestão contribuiu de forma significativa para que muitas empresas se desenvolvessem e se tornassem importantes multinacionais brasileiras.
Depois de cumprir nossa passagem pela UFMG, instituímos a FDG-Fundação de Desenvolvimento Gerencial, em 1997. Completa então 20 anos de atividades. Por força do Novo Código Civil Brasileiro, tornamo-nos uma instituição assistencial e criamos o INDG para continuar trabalhando para empresas e outras instituições. A partir de 2003, a FDG trabalha somente na área educacional. Embora os conceitos de gestão sejam aplicáveis a qualquer área, Maria Helena Godoy tem se dedicado à área educacional durante esses 20 anos, adaptando os conceitos à linguagem da escola, desenvolvendo tecnologia própria e fazendo a sua aplicação. Detém hoje a GIDE-Gestão Integrada da Educação Avançada, que é uma síntese desse esforço. Os projetos executados no RJ, que saiu do penúltimo lugar no IDEB para 0 3o, e em Manaus, que foi a capital que mais cresceu no último IDEB, atestam a eficácia do método.
Os conceitos de gestão são de fácil entendimento. Porém, a sua implementação exige determinação e persistência. Quem assim procede produz resultados fantásticos. Na realidade, gerenciar é atingir metas, é resolver problemas (maus resultados). Problemas na área educacional são poucos. Quem fala que são muitos, não sabe tecnicamente o que é problema. As causas de problemas são muitas, porém as prioritárias são poucas e devem ser atacadas.
Recentemente, fizemos uma mudança estatutária e temos a intenção de levar a gestão educacional ao maior número possível de instituições brasileiras. Temos tecnologia comprovada, que não pode ficar restringida a um universo reduzido. Entendemos que só a educação pode tirar o País do estado em que se encontra. Só um povo educado e instruído pode ter o discernimento de que devemos, entre outras medidas, defenestrar líderes demagogos (iludem uma grande parte da população, mantendo-a na ignorância como massa de manobra). Aqueles que quiserem enfrentar o desafio da melhoria da educação sejam bem-vindos ao mundo da gestão para a melhoria de resultados. É possível, a excelência é o limite.
PUBLICADO PELA REVISTA VIVER BRASIL, EDIÇÃO 202
