No início, pensei: o que vai ser 2018? Uma tragédia? O PT
conseguiu estender seus tentáculos a todos os setores da
sociedade. O Estado aparelhado; a mídia, até uma parcela da
igreja católica( dá para entender bispos e padres marxistas?),
as universidades e escolas públicas, setores importantes do
judiciário infestados de militantes. Em 2013, Dilma Rousseff
declarou que faria o diabo para ganhar as eleições e ganhou.
Entendi que agora fariam o impossível para chegar à vitória.
Tudo isto sob o comando de condenado Lula da Silva. A
própria Dilma ( que falta de noção!), graças à manobra de
Lewandowski, queria concorrer ao senado. Desenhava-se o
pior dos mundos. Julguei que o País não aguentaria o script
dos últimos 21 anos. Ultimamente, tudo levava a crer que os
ensinamentos de Gramsci eram o itinerário da turma. Em
primeiro lugar o caos ( fácil de atingir, pois estamos à beira do
abismo), depois a tomada do poder e implantação do
comunismo.
Porém, o discernimento de grande parte da população
prevaleceu. No primeiro turno, velhos políticos e muitos
administradores incompetentes foram massacrados. O PSDB
e MDB perderam representatividade. Enganei-me, num artigo,
quando chamei FHC de estadista. Hoje, julga-se uma espécie
de dono da verdade, aparentemente senil. Reconheço também
que ele foi o iniciador de todo esse movimento, socialista ateu
que é. Infelizmente, alguns representantes da velha política
sobreviveram. Pelo número reduzido, espero que sejam
ignorados. No segundo turno, vivi um período de extrema
ansiedade. Deduzi que, se o PT ganhasse, o País estaria
liquidado. Além disso, haveria a luta para libertar o líder da
quadrilha, que daria as cartas no novo governo. De fato,
fizeram o impossível para vencer. Felizmente, o resultado foi
extraordinário. Temos novo vocabulário, novos horizontes e
possibilidades.
Agora, espero honestidade, austeridade, seriedade, trabalho
incansável e exclusão dos temas exóticos debatidos no dia a dia.
Quero um Estado enxuto, menos ministérios, eliminação dos
gastos supérfluos. Das 418 estatais, a privatização do maior
número possível. E que sejam dadas as garantias para viabilizar
investimentos no País e as concessões. Com credibilidade,
certamente haverá copiosos aportes de recursos, pois só a
redução de gastos não será suficiente para nos resgatar. O
crescimento econômico, fundamental para o aumento da receita,
será crucial para o atendimento das graves demandas sociais de
responsabilidade do governo, como educação, saúde,
segurança, infraestrutura. Rejubilemo-nos! O ano de 2018 vai
ficar na história.
PUBLICADO NA REVISTA VIVER BRASIL, No. 216