Autor: Godoy

ELES NÃO TÊM SAPATOS

  Vale lembrar a seguinte história: um fabricante de sapatos enviou um vendedor para determinada região, com a finalidade de aumentar a venda de seus produtos. Como o vendedor era pessimista, relatou ao empresário que não havia chance de vendas, pois o pessoal da região não usava sapatos. Inconformado, o fabricante enviou outro vendedor. Este, otimista, informou entusiasmado que havia grande oportunidade de vendas, pois o pessoal não tinha sapatos.   Vejamos o que aconteceria se o presidente de um grande Grupo Estrangeiro enviasse um especialista ao Brasil para verificar possibilidades de aqui investir. Julgo que ele analisaria alguns indicadores do País e relataria: o IDH é o 75o entre 188 países; é um dos piores em matemática e ciências, ocupando a 133ª posição entre 139 países (ranking do Fórum Econômico Mundial). Consta que cerca de 30% das pessoas são analfabetas funcionais, o que é um grande entrave ao desenvolvimento; o desemprego atingiu 11,4 mi de pessoas; parece que há uma guerra civil, pois 60 mil pessoas foram assassinadas e 43 mil morreram no trânsito, em 2015; a competividade é baixa, é o 57o lugar entre 62 países; a contribuição da indústria para o PIB é de cerca de 10%, sendo que já foi de 19%; a dívida pública só aumenta e está perto de R$ 3 trilhões; a infraestrutura é inadequada, dificultando principalmente o escoamento da produção; a...

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O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS

Este texto me foi enviado pelo meu amigo Rodrigo Azevedo. Não o conhecia. Se o conhecesse, poderia ter adotado muitos dos conceitos aí emitidos, quando ainda o estoque de cerejas era maior. Obrigado, Rodrigo, pelo presente. O VALIOSO TEMPOS DOS MADUROS,  de Mário de Andrade: Contei meus anos  e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro.  Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.  Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.  Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.  Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.  Detesto fazer acareação de desafetos, que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.  Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha  alma tem pressa.  Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita...

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QUEM LEVA BAJULADORES A SÉRIO SE DÁ MAL

Sempre que  encontro com algum bajulador, lembro-me da poesia de Jean de La Fontaine ( a partir da Fábula Vulpis et Corvus,  de Aesopus), proveniente de meus estudos de francês, que foi há muito tempo. Felizmente, a gente esquece seletivamente de assuntos aprendidos, senão a cabeça iria para o espaço. Mas muitas coisas ficam permanentemente. É o caso da poesia abaixo; trata-se de uma lição para toda a vida. LE CORBEAU ET LE RENARD Maître Corbeau, sur un arbre perché, Tenait en son bec un fromage. Maître Renard, par l’odeur alléché, Lui tint à peu près ce langage : “Hé ! bonjour, Monsieur du Corbeau. Que vous êtes joli ! que vous me semblez beau ! Sans mentir, si votre ramage Se rapporte à votre plumage, Vous êtes le Phénix des hôtes de ces bois.” A ces mots le Corbeau ne se sent pas de joie ; Et pour montrer sa belle voix, Il ouvre un large bec, laisse tomber sa proie. Le Renard s’en saisit, et dit : “Mon bon Monsieur, Apprenez que tout flatteur Vit aux dépens de celui qui l’écoute : Cette leçon vaut bien un fromage, sans doute. ” Le Corbeau, honteux et confus, Jura, mais un peu tard, qu’on ne l’y prendrait plus.  DE: JEAN DE LA...

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AINDA SOBRE O AMOR

CAMÕES escreveu o soneto abaixo após perder a sua amada, Dinamene. Isso aconteceu num naufrágio na costado Camboja. Consta que Camões conseguiu salvar a sua obra Os Lusíadas, nadando com apenas um braço, enquanto mantinha o outro elevado para não molhar. Priorizou o livro! Será que foi assim? A amada não foi salva. Depois caiu em si e a tristeza( e desespero!) o invadiu. A primeira vez que ouvi o soneto ( nas aulas de Literatura há bem tempo) fiquei tocado. Devia verdadeiramente amar a sua companheira. Sinta o clima…..   Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida descontente, Repousa lá no Céu eternamente, E viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, Memória desta vida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente Que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te Alguma cousa a dor que me ficou Da mágoa, sem remédio, de perder-te; Roga a Deus que teus anos encurtou, Que tão cedo de cá me leve a ver-te, Quão cedo de meus olhos te levou. Luís Vaz De Camões...

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MESA-REDONDA EM TIRADENTES, NO CONEXÃO EMPRESARIAL

No dia 17/6, participarei da mesa-redonda, conforme abaixo: Em Tiradentes, onde acontecerá o VII Conexão Empresarial, promoção da VB Comunicação, com apoio de algumas das principais empresas de Minas Gerais.  O Conexão reunirá cerca de 300 pessoas entre empresários e formadores de opinião para discutir Minas e o Brasil na plenária da Pequena Tiradentes, na sexta-feira, de 9h as 14h. Um dos pontos altos da plenária será uma mesa-redonda com a participação de cinco empresários mineiros – o presidente do Banco Mercantil do Brasil, Luis Henrique Araújo, o presidente da Conartes, José Francisco Cançado, o presidente do Grupo Supernosso, Euler Nejm, o presidente do Conselho de Administração Instituto Áquila, José Martins de Godoy, e o presidente da Unimed, Samuel Flam, com intermediação do economista Luis Paulo...

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