Autor: Godoy

O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO

Na área educacional, almejamos melhorias substanciais e rápidas, para tirar o País da incômoda posição no teste do PISA, 57ª colocação entre 79 países.  Atualmente, estamos diante de um cenário de mudanças radicais, a era exponencial, que chega atropelando quem não tomar a decisão de participar deste movimento.  Todos os setores serão afetados  e quem ficar atrasado poderá desaparecer. É claro que o ensino público não irá desaparecer, mas corre o risco de não cumprir a missão de preparar os jovens para o novo cenário que se descortina. Aliás, já há um sério comprometimento. Do Japão aprendemos que há três tipos de melhorias possíveis nas organizações, os 3 Ks: Kaizen=melhoria contínua; Kaikaku =mudança radical,  transformação; Kakushin = mudança  revolucionária, inovação, uma grande sacada. Para o ensino, fico imaginando, sonhando, com algo revolucionário, inovador, um breakthrough, que nos proporcione um brusco salto de qualidade. Um Kakushin para o ensino, que significaria algo novo, acessível, inovador e sem necessidade de grandes investimentos. Todavia, analisando o cenário vigente, deparo-me com a viabilidade de só trabalhar na modalidade Kaizen, lutando pelas melhorias contínuas. Já ficaria  feliz se cada melhoria conquistada fosse consolidada, sem os retrocessos  desses 20 anos de atuação na área, vivenciando o efeito sanfona nas escolas. O somatório das conquistas já nos teria colocado em posição privilegiada.  Há luz no fim do túnel: na parceria SEEMG/FDG  visa-se a um trabalho de, pelo menos, um mandato de governo, o que...

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UM PROPÓSITO É FUNDAMENTAL

Na edição especial da Harvard Business Review,  Thomas W. Malnight, Ivy Buche e Charles Dhanaraj  afirmam que é imprescindível colocar o propósito no centro da estratégia de crescimento das empresas.  Tudo que fiz na vida foi feito em clima de missão, com o objetivo de promover o desenvolvimento do País e melhorar as condições de vida das pessoas. Na Universidade e  nas organizações, dedicadas a difundir e praticar os conceitos de gestão, isso foi perseguido.  Mesmo em clima de missão, houve crescimento das organizações, as quais tiveram o reconhecimento da comunidade, como tributo ao trabalho realizado.  Na FDG-Fundação de Desenvolvimento Gerencial, criada em 1997, dedicou-se especial atenção à melhoria da educação pública básica, difundindo o método, técnicas e ferramentas de gestão. Enfatizou-se  que os maus resultados ( baixo rendimento escolar, repetência e evasão) são os problemas fundamentais, e que era necessário colocar metas de melhoria e aplicar  persistentemente  os ensinamentos para reverter a situação.  Trabalhamos arduamente nesses 22 anos, em 10 Estados, e houve resultados muito expressivos. O leitor poderia ponderar: como se explica a posição decadente do  Brasil no teste do PISA? Deve-se à falta de propósito de governantes em reconhecer que a educação é o  motor de desenvolvimento social e econômico de um país. A  maioria dos políticos é imediatista. P.ex.  O governante satisfaz-se com resultados parciais,  aquém do pleno potencial de obtenção de melhorias, e tira proveito político do novo patamar. Interrompe-se o processo e, como não houve suficiente tempo...

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TRIBUTO A EDUCADORES

O ser humano normalmente é resistente a mudanças. O contrário foi constatado neste momento em que as escolas foram fechadas para proteger dirigentes, educadores, funcionários e alunos contra a pandemia. Necessário seria promover o ensino remotamente, pois o isolamento social pode durar muito. Pensou-se que haveria resistência a esta metodologia de ensino. Porém, constatamos um grande interesse na capacitação dos dirigentes e professores para trabalhar à distância, a fim de que os alunos não ficassem sem aprender. Da nossa parte, disponibilizamos a Plataforma FDG Ensina, de forma aberta e gratuita, a todos os interessados. Esta Plataforma difunde conceitos gerenciais para melhorar resultados pedagógicos; além disso, incluímos sugestões para facilitar o ensino em casa a pais e estudantes. Foi enorme a adesão e a utilização, continuando o crescimento diário de downloads e cadastramento de usuários. Também, tomamos a iniciativa de divulgar canais e como utilizá-los para transmissão de aulas ao vivo e gravadas e, ainda, várias ferramentas para produzir aulas atrativas. Isso foi feito por meio de 2 webinars, com intervalo de 2 semanas. Foi emocionante a participação de milhares educadores nesses eventos durante as transmissões. Além disso, milhares de pessoas continuam recorrendo ao material divulgado, o que pode ser constado no canal Youtube da FDG. A interação continua, com elogios aos milhares pela iniciativa de auxiliar os docentes, principalmente, para a viabilização do ensino remoto. Eles apresentam pedidos e...

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O BRASIL NO TESTE DO PISA

O Brasil, 8ª economia do mundo, posicionou-se no 57º lugar no último Teste do PISA (Programme for International Student Assessment). Sem os estudantes das escolas particulares, o País passaria a ocupar a  66ª posição. Isso é devido, em grande parte, a uma pedagogia equivocada, de cunho ideológico,  que visava a formar militantes e não pessoas competentes em conteúdos. Um vexame!   Despencou, uma vez que, em 2000, o Brasil ocupava a 30ª posição.  O atual estágio pode ser substancialmente  melhorando, mudando-se o propósito do ensino e atacando-se causas básicas dos maus resultados.  Aplicando a GIDE AVANÇADA em mais de 6 mil escolas públicas, observamos  causas  recorrentes, como absenteísmo de professores e de alunos, aulas pouco atrativas, não cumprimento dos programas, falta de preocupação com a aprendizagem e de cobrança dos conteúdos ministrados.  Em muitas escolas,  dirigentes não medem estas causas,  e quem não mede não gerencia. Nas  escolas em que houve a mensuração, elaborados planos de ação  e conduzida a execução de tais planos  com rigor e persistência, melhoria significativa do desempenho dos alunos foi constatada  pelo IDEB. Sem dúvida, o ataque a causas básicas melhoraria a posição Brasil. Todavia, para ocupar  as primeiras posições, é necessário  melhorar a formação e elevar a remuneração dos professores para  tornar a profissão mais competitiva;  criar de melhores condições de hard e software para aulas mais atrativas e dinâmicas; também, os estudantes precisam dedicar mais tempo aos estudos (em países mais bem colocados, o tempo  de dedicação  é o dobro), entre outras medidas. Há um...

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EFEITOS FUTUROS DA PANDEMIA

*Em colaboração com Rodrigo Godoy O ano de 2020 trouxe uma pandemia. No enfrentamento do vírus, a medida tem sido o distanciamento social, o que tem causado a paralisação da maioria das atividades econômicas. Corremos risco de entrarmos em uma depressão global, dependendo do tempo necessário para encontrarmos soluções definitivas. No Brasil, as consequências podem ser devastadoras, principalmente no emprego e renda, logo agora que vínhamos, com medidas econômicas certas, porém com efeitos de médio prazo, nos recuperando dos malfeitos que nos levaram à beira do abismo. Os efeitos e aprendizados dessa crise ainda são difíceis de prever. Certa vez, disse Jack Welch, histórico CEO da GE: “o ser humano odeia mudança. E é por essa razão que os líderes precisam, além de dizer que é necessário mudar, dizer também o porquê é preciso mudar, e o que cada um ganha com isso”. Mesmo assim, o nosso palpite é que a maioria das mudanças ocorrem, não pela força do líder, e sim pelos desafios de sobrevivência e pela consequente necessidade, às vezes brusca, de adaptação. É a psicologia humana! Um efeito secundário dessa crise nos salta aos olhos: o trabalho intelectual remoto está sendo testado pela primeira vez em larga escala, e parece que veio para ficar. Ele não nasceu hoje, pelo contrário. Domenico de Masi, no livro “O Ócio Criativo”, apontava uma tendência crescente ao “teletrabalho” a partir...

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